domingo, 8 de junio de 2014

La pared: un lugar para expresarse

Las actividades en la universidad cambiaron totalmente el ritmo de publicaciones acá en el blog, pero la Feria del libro me dio un nuevo ánimo y por fin estoy regresando, con mucho más entusiasmo. Antes de traerles mi experiencia de ir a la Feria del libro con ojos de madre, porque les confieso que ahora sólo tengo ojos para los libros infantiles, quiero compartir un texto que con mucho entusiasmo y buena onda nos preparó una de mis primas que es pedagoga. Con eso inauguramos las participaciones de profesionales y especialistas en los temas que nos interesan, espero que sea el inicio de muchas contribuciones.

Mi prima seguramente me cambió los pañales pero al final mi hijo Miguel Ángel nació antes que su Anthony. La distancia y los compromisos de la vida adulta nos alejaron, pero la maternidad nos viene acercando más y más. Son de esas cosas lindas que pasan en la vida. Andreza Magalhães Mendes no tiene el mismo apellido que yo porque a mi mamá se le ocurrió que Pereira Rodrigues sería más lindo que Magalhães Rodrigues (la odio por eso) pero tenemos en común, además de la maternidad, el amor por la educación y la pasión por nuestra profesión. Es por eso que, cuando vi en su facebook las fotos de su pequeño Anthony dibujando por toda, absolutamente TODA la pared de su casa, con toda libertad del mundo, le pedí que nos escriba contando un poco sobre eso, desde su punto de vista de mamá pedagoga, que seguramente es muy diferente del punto de vista de otras mamás.

Como la propuesta del blog era ser bilingüe no les traduje el texto del portugués, pero si me comentan y me dice que es necesario por supuesto que lo haré. Espero que lo disfruten, por acá ya nos hizo cambiar la relación niño x pared y ya nos dejó con las ganas de saber más sobre las actividades que desarrolla Andreza con Anthony. Ojalá vuelva a colaborar pronto, dejo la invitación a ella y a todos los que quieran aportar :)

A parede: apenas um lugar para expressar


Acredito que desenhar é uma forma da criança lidar com a realidade que a cerca, representando situações que lhe interessam. Percebi isto quando peguei meu filho rabiscando uma parede da minha casa. Esta parede fica próximo do quarto dele, e foi um minuto que o deixei sozinho. Pra mim, ele foi para o quarto dele, derrepente escutei um barulho e fui olhar, era o barulho do giz de cera, na hora perguntei o que ele estava fazendo, ele sorriu e disse “bol” “mama” “neném”.



Ele havia desenhado a mamãe jogando bola com ele, achei o máximo, mas a sociedade iria me cobrar, como uma pedagoga permite esta falta de limite?

Pois é! Ainda bem que sou educadora e conheço os benefícios que aquele momento traria se fosse tratado com respeito. Desta forma combinei com ele que não poderia riscar outra parede, e que apenas aquela seria a parede que ele poderia desenhar.

E esta sendo assim desde então. A parede não tem mais espaço para desenhar tudo que o interessa, ela está decorada do piso ao teto. Sim, ao teto! O levantamos para desenhar nas alturas.



Como não haja espaço para ele expressar o que mais gosta, colamos papeis na mesma parede sempre quando consideramos necessário.

Tenho comigo que não devemos copiar tudo que vemos pelo mundo, mas tem coisas que as ciências até tentam explicar, mas tem também momentos que o dinheiro não consegue comprar, digo isto porque aprendemos com bons exemplos e que experiências exitosas devem ser mostradas.



Busquei, pesquisei e descobrir que muitas famílias americanas reservam uma parede para as crianças, pois este hábito contribui para o desenvolvimento escolar, quando uma família delimita um espaço para a criança expressar suas primeiras garatujas ela está dando limites e respeitando o direito de expressividade do crescente-aprendente. O limite vem quando a criança percebe que foi respeitada e precisa respeitar, a partir do momento que delimitamos onde poderá se expressar.

A infância tem adquirido significados diferenciados em decorrência das transformações sociais, politicas, econômicas e culturais que marcam cada sociedade em diferentes tempos e espaços. Isso significa que a ideia de infância não é estática, ela se constrói e se modifica na prática social e está relacionada às formas de se olhar a criança.

Desde que nasce a criança está em contato com o mundo simbólico da cultura em que vive, e assim se dá o processo de desenvolvimento de sua identidade. O desenvolvimento humano se dá em uma construção coletiva, a partir das interações que a criança estabelece com as pessoas, com objetos, ou seja, com tudo aquilo com que está mais envolvida afetivamente, e com o meio.



A criança deve estar constantemente sobre o olhar de um adulto, até durante suas brincadeiras, mas isso não quer dizer que o adulto tenha o direito de interferir na criatividade da criança. A intervenção de um adulto se faz necessária, a mediação é importante para a promoção de significados.

A qualidade e a constância das relações vividas pelo ser humano nos primeiros anos de vida são essenciais ao estabelecimento do vínculo, condição que segundo Borges e Lara (2002), é fundamental para o aprendizado e desenvolvimento infantil. Nesta concepção, o ser humano aprende a ver o mundo pelos olhos de quem o cuida e o educa, e para ver o mundo de uma forma agradável, acolhedora onde vale a pena viver, vai depender muito das relações que vive.



Considero que somos todos serem multidimensionais, ou seja, cada um com suas especificidades e necessidades, somos seres que desde pequenos precisamos de uma educação que seja integral, nesta perspectiva considero que um ambiente bem planejado é fundamental para o processo educativo, seja ele em casa ou na escola. Por esse motivo planejo diferentes oportunidades de aprendizagem para meu filho preparando espaços e materiais de modo que promovam o seu desenvolvimento.

A organização dos espaços e tempo da criança nesta articulação de interesses personalizados resultam de ideias, opções e necessidades respeitando o seu tempo afetivo e cognitivo. É importante que a estimulação não ultrapasse este tempo da criança. 






 Andreza es pedagoga, mamá, esposa, una mujer que hace mil cosas como la mayoría de las mujeres. También es actriz, pero en realidad yo pienso que es un personaje. Las fotos me dejó elegir de su facebook, ojalá no se enoje. 

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